A atividade económica de 2025 será estimulada pela descida regular de juros tanto pelo BCE como pelo FED, na Europa e EUA respetivamente. Considero que o próximo ano terá melhores perspetivas para o aumento o investimento e produção das empresas, e consumo por parte das pessoas em bens e serviços.

As TIC terão assim, um papel favorável na equação, estimulando a diferenciação das empresas pela inovação e desenvolvimento de tecnologia em sociedades de consumidores dos quais o digital faz cada vez mais parte das suas vidas. Uma previsão da Crédito Y Caución, empresa de seguros de crédito e de exportação, indica para que haja um crescimento do setor das TIC em 6,3% em 2025. São cenários com que trabalhamos, sempre com alguma cautela. Mesmo o gestor mais otimista, sabe que há conflitos abertos na Ucrânia e Medio Oriente que desafiam a evolução da economia mundial. Portugal tem-se afirmado na última década como centro de excelência para empresas globais e que requerem de serviços TIC.

Pela experiência em desenvolvimento, identificação de novas oportunidades, l&D, gestão e formação de profissionais, acredito que há forma para o crescimento se manter no cenário macroeconómico que elenquei. Há oportunidades em vista que temos de estar atentos, nomeadamente a transversalidade de serviços de digitalização e automação de indústrias que até há poucos anos eram apenas atribuídas a Engenharia e Mecânica. O sector automóvel é o mais conhecido. Sendo um setor muito dinâmico, as TIC estão na liderança de formas de organização de trabalho capazes de conciliar eficiência e bem-estar.

O modelo de trabalho híbrido continuará a evoluir, a formação e captação de novos profissionais para o setor marcará também a agenda em 2025.